A Nova RetĂłrica e o Ideal Humanista
o filĂłsofo como funcionĂĄrio da Humanidade segundo ChaĂŻm Perelman
Edilson Abad Trigo
- 108 pages
- Portuguese
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A Nova RetĂłrica e o Ideal Humanista
o filĂłsofo como funcionĂĄrio da Humanidade segundo ChaĂŻm Perelman
Edilson Abad Trigo
Ă propos de ce livre
Este estudo se propĂ”e a investigar a concepção do ideal humanista presente na obra de ChaĂŻm Perelman. Ideal que sĂł seria alcançado ao se superar um tipo de racionalidade que teria tolhido a possibilidade de uma razĂŁo prĂĄtica â fator indispensĂĄvel para que se realize esse ideal tradicional da filosofia: o de alcançar a comunhĂŁo e o entendimento. Ou seja, a criação do acordo baseado na razĂŁo prĂĄtica, que Perelman chama de auditĂłrio universal, poderia ser realizada com a responsabilidade e o engajamento, baseado nĂŁo em resoluçÔes absolutas, calcado em uma sĂł concepção de realidade, mas na consideração das pluralidades de opiniĂ”es â como age um juiz da common law, isto Ă©, baseado no instrumental (organon) argumentativo presente na RetĂłrica e na TĂłpica desenvolvidas por AristĂłteles. Por isso, caberia ao filĂłsofo propor valores e normas prĂĄticas tĂŁo universais como os do Imperativo CategĂłrico de Kant, mas sem a distinção feita por ele entre o sujeito e o objeto, a teoria e a prĂĄtica, caracterĂsticos desse autor. Assim, de acordo com Perelman, o filĂłsofo tem por objetivo propor resoluçÔes Ă s questĂ”es prĂĄticas universais, calcadas na constante discussĂŁo e testes dessas resoluçÔes feitos pela sociedade. Por isso mesmo, o filĂłsofo teria função normativa, isto Ă©, qualificar os temas segundo uma hierarquia de valores. Segundo esse raciocĂnio, o filĂłsofo sabe da precariedade dessas resoluçÔes, jĂĄ que num contexto histĂłrico diferente quando outros se depararem com a mesma questĂŁo esses terĂŁo possivelmente resoluçÔes deferentes; apesar disso, ele sabe que tem que se posicionar, ao contrĂĄrio do cientista que pode recusar uma questĂŁo. Isso porque em questĂ”es prĂĄticas nĂŁo tomar uma posição jĂĄ seria se posicionar. Assim, o filĂłsofo seria um funcionĂĄrio da humanidade.