SOMBRAS DE PORCELANA BRAVA MARIA QUINTANS
(LISBOA, 1955)
quem são os cientistas?
(a cegueira constrói-se e. o filme abre duas portas. uma para chegar mais depressa. outra para ficar ali e. as covas correm pelos campos. descalças na lucidez dos suicidas moralistas.)
descansas na perigosidade da morte. um subterrâneo crânio tocado ao de leve entre Rimbaud e. adormece. descansa. o mundo não te ouve agora. a ventania é um mundo subterrâneo e. todo o céu te percorre os olhos. o ponteiro marca a noite numa dança entre o pescoço e o género e. um precipício a dizer que sabes da vontade de estar envolto em conchas de tecidos mutilados até aos ossos e. a matéria oculta que eva desenterrou enquanto adão mastigava o bombardeamento do mundo. cheio de luas em peixes e mãos em aquário.
o preto e branco é uma tua vontade e. a vertigem a possibilidade fulgurante do desejo. incendiário equilíbrio tão assistido de exageros. mas isso foi há muitos séculos e. o criador é um prodígio cheio de luz e verdade no frenético fumo das bestas enquistadas até à próxima oportunidade e. alumiadas pelas frieiras do inverno e. a gargalhada de um estertor diferente. haja álcool e filhos. haja cortinas cheias de animais e. haja filhos e festas e. haja tremor entre os homens de boa vontade e. bons augúrios de festança e searas africanas e. que tudo se feche em labaredas e ecos e. do pacífico ao mediterrâneo se abra um buraco pela existência de deus e. multiplicai-vos ó estúpidos que em nome de tudo vos proclamais vivos e. não é preciso estar zangado para comer bife de vaca argentina e mais uma dose e. a abundância da vossa raça empurra o ar e levanta a traseira dos sábios com um lençol limpo dos dois lados e. vós fulanos de tal verdadeiramente artistas de tocar em tudo como ralos acépticos para os galináceos e. vós fulanos de tudo encostados à morte do íntimo sismo do ataque cardíaco. fluidos demoníacos nas imagens dos santos. venenos impacientes nas moléculas do suor. dorme e. rebenta no sono a membrana do poeta.
a única cicatriz da morte. exaltada.
senhora, torne-se budista. responda. diga coisas.
¿quiénes son los científicos?
(la ceguera se construye y. el film abre dos puertas. una para llegar más deprisa. otra para quedarse allí y. las tumbas corren por los campos. descalzas en la lucidez de los suicidas moralistas.)
descansas en la peligrosidad de la muerte, un subterráneo cráneo ligeramente tocado entre Rimbaud y. adormece. descansa. el mundo no te oye ahora. el ventarrón es un mundo subterráneo y. todo el cielo te recorre los ojos. La aguja del reloj marca la noche en una danza entre el cuello y el género y. un precipicio diciendo que sabes de la voluntad de estar envuelto en conchas de tejidos mutilados hasta los huesos y. la materia oculta que eva desenterró mientras adán masticaba el bombardeo del mundo. lleno de lunas en piscis y manos en acuario.
el negro y el blanco no es sino tu voluntad y. el vértigo la posibilidad fulgurante del deseo. incendiario equilibrio tan asistido de exageraciones. pero eso fue hace muchos siglos y. el creador es un prodigio lleno de luz y verdad en el humo frenético de las bestias enquistadas hasta la próxima oportunidad y. alumbradas por los fríos del invierno y. la carcajada de un estertor diferente. haya alcohol e hijos. haya cortinas llenas de animales y. haya hijos y fiestas y. haya temblor entre los hombres de buena voluntad y. buenos augurios de jolgorio y siegas africanas y. que todo se cierre en llamaradas y ec...