De sonho e de desgraça
o carnaval carioca de 1919
David Butter
- 231 pages
- Portuguese
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De sonho e de desgraça
o carnaval carioca de 1919
David Butter
Ă propos de ce livre
Cidades tĂȘm as suas mitologias. TĂȘm o seu Olimpo e o seu Hades, o seu rol de deuses e demĂŽnios, os seus picos e os seus abismos, as suas histĂłrias exemplares e os seus vexames, as suas zonas de indecisĂŁo entre fato e lenda. No acervo mitolĂłgico do Rio de Janeiro, o Carnaval de 1919 ocupa uma dessas zonas.Foi o primeiro carnaval depois do fim da Grande Guerra. Foi tambĂ©m o primeiro carnaval depois da voragem da Gripe Espanhola, a mais avassaladora pandemia a abater a cidade atĂ© entĂŁo. Entre setembro e dezembro de 1918, a doença, inicialmente desprezada, infectou 600 mil pessoas e matou 15 mil â nĂșmeros aproximados, talvez subestimados, num universo de cerca de um milhĂŁo de habitantes.Foi um carnaval que, por dĂ©cadas, povoou as memĂłrias prĂłprias e emprestadas de cronistas como Nelson Rodrigues, MĂĄrio Filho, AustregĂ©silo de Athayde, Vina Centi e Carlos Heitor Cony â que nasceu em 1926. Foi um carnaval que passou Ă posteridade como de liberação e de alĂvio, de desejo e de vingança. Foi um carnaval puxado por pessoas que haviam visto a morte de perto: se nĂŁo por terem dela escapado elas mesmas, por terem presenciado, no mĂnimo, a agonia de amigos e parentes. No auge, na Terça-Feira Gorda, o Carnaval de 1919 levou cerca de 400 mil pessoas ao Centro do Rio de Janeiro, de acordo com a estimativa um tanto livre do jornal A Noite.O que aquelas testemunhas e aqueles sobreviventes fizeram nas ruas â naquele e noutros dias? O que elas e eles imaginaram durante e depois da folia?Com uma pesquisa cuidadosa e inĂ©dita, David Butter reconstrĂłi essa histĂłria em detalhes. NĂŁo hĂĄ momento mais oportuno do que este 2022 para relembrarmos aqueles dias, feitos de sonho e de desgraça, de tristeza e de esperança.Cidades tĂȘm as suas mitologias. TĂȘm o seu Olimpo e o seu Hades, o seu rol de deuses e demĂŽnios, os seus picos e os seus abismos, as suas histĂłrias exemplares e os seus vexames, as suas zonas de indecisĂŁo entre fato e lenda. No acervo mitolĂłgico do Rio de Janeiro, o Carnaval de 1919 ocupa uma dessas zonas.Foi o primeiro carnaval depois do fim da Grande Guerra. Foi tambĂ©m o primeiro carnaval depois da voragem da Gripe Espanhola, a mais avassaladora pandemia a abater a cidade atĂ© entĂŁo. Entre setembro e dezembro de 1918, a doença, inicialmente desprezada, infectou 600 mil pessoas e matou 15 mil â nĂșmeros aproximados, talvez subestimados, num universo de cerca de um milhĂŁo de habitantes.Foi um carnaval que, por dĂ©cadas, povoou as memĂłrias prĂłprias e emprestadas de cronistas como Nelson Rodrigues, MĂĄrio Filho, AustregĂ©silo de Athayde, Vina Centi e Carlos Heitor Cony â que nasceu em 1926. Foi um carnaval que passou Ă posteridade como de liberação e de alĂvio, de desejo e de vingança. Foi um carnaval puxado por pessoas que haviam visto a morte de perto: se nĂŁo por terem dela escapado elas mesmas, por terem presenciado, no mĂnimo, a agonia de amigos e parentes. No auge, na Terça-Feira Gorda, o Carnaval de 1919 levou cerca de 400 mil pessoas ao Centro do Rio de Janeiro, de acordo com a estimativa um tanto livre do jornal A Noite.O que aquelas testemunhas e aqueles sobreviventes fizeram nas ruas â naquele e noutros dias? O que elas e eles imaginaram durante e depois da folia?Com uma pesquisa cuidadosa e inĂ©dita, David Butter reconstrĂłi essa histĂłria em detalhes. NĂŁo hĂĄ momento mais oportuno do que este 2022 para relembrarmos aqueles dias, feitos de sonho e de desgraça, de tristeza e de esperança.